Por que os reajustes dos planos de saúde em 2022 estão pesando tanto no bolso?

Os planos de saúde são reajustados anualmente, com base na sinistralidade da carteira, na variação dos Custos Médicos e Hospitalares (VCMH) e pelos impactos da inclusão de novos eventos / procedimentos de saúde no ROL da ANS.

De acordo com estudo realizado pelo IESS - Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, publicado em maio/2022, o VCMH/IESS de planos individuais atingiu 27,7% nos 12 meses findos em setembro/2021. Esse aumento teve o efeito direto das internações pelo COVID-19, o reflexo da retomada dos procedimentos eletivos postergados e também pela evolução de outras doenças que deixaram de ser tratadas, tornando a recuperação mais difícil e custosa.

Neste período o estudo demonstra que o aumento por grupo de despesas foi:

· Consultas: 13,7%

· Exames: 31,6%

· Terapias: 17,3%

· Outros Serviços Ambulatoriais: 38,1%

· Internações: 29,3%.

Onde as internações, em valores absolutos representam 63% das despesas totais de saúde, impactando consideravelmente a VCMH total.

Veja o relatório completo em https://www.iess.org.br/vcmh/25o-vcmhiess.

Além do aumento das despesas médicas e hospitalares, a sinistralidade dos planos de saúde chegou à marca de 86,2%, a maior da série histórica desde 2001, aponta a FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Complementar).

Neste cenário, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou o reajuste de 15,5% dos planos individuais e familiares para o período de maio de 2022 até abril de 2023, o maior aumento desde o início da série histórica, em 2000.

Já os contratos de pequenas e médias empresas com até 29 vidas, agrupados pelo pool de riscos (RN 309 da ANS), serão reajustados na faixa entre 12,50% à 19,40%, nos respectivos aniversários entre maio/2022 à abril/2023.

Caso você precise de uma revisão no seu plano, estamos a disposição.

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